quarta-feira, 15 de junho de 2011

Quando a gravidez nos obriga a parar...

Por vezes quando surgem complicações, como ameaça de aborto (antes das 22 semanas), hipertensão relacionada com a gravidez, restrição de crescimento do feto, gravidez gemelar, placenta prévia (que tapa parcial ou totalmente o orifício do útero, ameaça de parto pré-termo (contracções regulares antes das 37 semanas), incompetência cervical (o colo do útero começa a "ceder" por incapacidade de suportar o peso), é prescrito repouso no leito, por um determinado período de tempo.
Os critérios para esta prescrição não são uniformes nem assentes em evidência científica suficiente. Certo é que o seu obstetra estará a aconselhar-lhe aquilo que julga ser o melhor.
No entanto, saiba que esta medida não é isenta de efeitos secundários, antes pelo contrário. A restrição da actividade física e a confinação à posição horizontal trazem problemas de atrofia e diminuição da força muscular, perda de massa óssea e até alterações cardiovasculares, como um maior risco de trombose venosa; Estes efeitos iniciam-se nas primeiras horas de repouso e são mais pronunciados com longos períodos de repouso. No pós-parto poderão condicionar maior dificuldade em movimentar-se, prestar os cuidados ao bebé e trazer dor e desconforto, cervical, lombar, da bacia e "falta de força" nas pernas. Para além dos aspectos fisiológicos, existem repercussões emocionais, que podem ser mais ou menos graves e prolongar-se no tempo, como ansiedade, depressão, diminuição da auto-estima, isolamento social e problemas familiares, na gestão de tarefas, dos cuidados a outros filhos e ainda dificuldades financeiras.
A forma como cada uma enfrenta um período de repouso mais ou menos prolongado, depende de se está no hospital ou em casa, do grau de restrição de actividade, se tem apoio instrumental, emocional, se consegue ocupar o tempo com actividades que lhe deêm prazer, do tipo de desconfortos físicos que sente, do prognóstico fetal,...
É importante negociar com os profissionais de saúde, os períodos de levante que considera imortantes para si e monitorizar os seus efeitos, questionar acerca de sinais de alerta ou agravamento da situação, mobilizar recursos e pesoas de forma a tornar mais agradável este período, solicitar a ajuda que julgar necessária (acompanhamento psicológico, apoio por fisioterapia...).
Antecipe as dificuldades do pós-parto e tente elaborar um plano de recuperação, mobilizando novamente pessoas e recursos para um bom início de experiência parental; por exemplo, ter refeições congeladas, ter uma pessoa de referência que a possa ajudar com a lida da casa e saídas ao exterior, amigas que a levem a passear aos locais habituais, um local para a higiene do bebé onde consiga manter uma postura confortável, aproveitar o repouso para se informar sobre puericultura, adaptação do casal à parentalidade e amamentação/aleitação, procurar um local para frequentar aulas de recuperação pós-parto.
Se pretender mais informação sobre este tema, envie um email para: agorasomos3@gmail.com
Felicidades!

sábado, 12 de março de 2011

Massagem para bebés

Aproveite a oportunidade para partilhar momentos únicos com o seu bebé!
Venha comunicar com o seu bebé através do toque, traduzido em movimentos de massagem com sabedoria milenar.
No curso de massagem infantil vai aprender técnicas com origem na massagem indiana, sueca e na reflexologia e Ioga.
Consulte o site da Associação Portuguesa de Massagem Infantil para saber mais sobre os benefícios.
Desconto de 50% para quem referir o Blogue no contacto:
Sandra Vilela
São Domingos de Rana
963981394
agorasomos3@gmail.com

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Prevenir a incontinência urinária

A pressão exercida pelo útero sobre os músculos do pavimento pélvico durante a gravidez e no momento do parto, pode provocar a sua laxidão quer a curto, quer a médio prazo, o que leva a sintomas de incontinência urinária e em casos mais graves a incontinência fecal.
O pavimento pélvico é um conjunto de músculos fixos aos vários ossos que constituem a bacia e dispostos em várias camadas e cuja função é manter os órgãos pélvicos em posição.
Existem exercícios simples que pode fazer durante e após a gravidez, que são eficazes na prevenção e recuperação da incontinência urinária.
Idealmente deveriam ser feitos por todas as mulheres ao longo da sua vida.
Para os conhecer, imagine que tem muita vontade de urinar mas não pode e contrai-se para evitar que a urina saia; agora imagine que tem colocado um tampão e que está com a sensação de que ele está a escorregar para fora da vagina e contrai-se para que isso não aconteça; agora imagine que tem muita vontade de evacuar mas não pode e contrai-se. Os músculos que utilizou são os mesmos que vai utilizar para fazer o exercício:
Sentada, em pé ou deitada de costas com as pernas flectidas,
- contraia este conjunto de músculos até ao máximo que for capaz e em seguida relaxa lentamente, reita 10 vezes;

- Contraia este conjunto de músculos até ao máximo que for capaz e mantenha a contracção no máximo durante 10 segundos e em seguida relaxe lentamente, repita 10 vezes

- Contraia este conjunto de músculos até ao máximo que for capaz e mantenha a contracção no máximo,e ao expirar forçe ainda mais a intensidade da contracção em três tempos contraindo ao mesmo tempo o músculo abdominal, como que a encolher a barriga, repita 3 vezes.

Repita o exercício 2 vezes por dia, 3 dias por semana, se não tiver sintomas de incontinência e 3 vezes por dia, 5 dias por semana se tiver sintomas.
Tenha em conta que das primeiras vezes poderá ter dificuldade em sentir a contracção ou aguentar os 10 segundos, mas ao fim de alguns dias ou semanas começará a aperceber-se dos resultados.
Tenha em atenção que apenas os músculos do pavimento pélvido deverão estar envolvidos, evite contrair as nádegas e as coxas.
Ter consciência de como se contrai e relaxa este conjunto de músculos permitir-lhe-á também durante o parto ajudar no nascimento do seu filho.
Bom treino!